Exata em Mente

Ligar numa tarde qualquer pra escutar sua voz

Fechar os olhos e lembrar o seu sorriso

Aspirar o ar inodoro e logo vem o cheiro do seu perfume

Apertar o travesseiro e lembrar o toque da sua pele na minha

Olhar para o espelho e relembrar o abraço apertado

Ver a escova sem a pasta de dente e lembrar seu olhar sem graça

Da mordida na maçã o sabor dos seus beijos

Esperar o telefone tocar com a intensão da saudade amenizar

Contar os dias minutos e segundos para te ver

Andar quilômetros em curvas, retas e ladeiras intermitentes para te encontrar
Pegar-me sorrindo no meio da rua ao relembrar seu sussurar no meu ouvido

Fazer cócegas tentando tirar a força a intenção de uma palavra escondida nos seus pensamentos
Escutar aquela musica que você gosta

Ver você invadindo minha mente

Exatamente...

Felicidade

"Um gole de poesia nos faz brindar a fantasia!"
Gustavo Sales Ribeiro

O fá desafinado

Seu jeito sua loucura me faz viajar...

Tento entender o porque do seu retiro...

Do seu luto e solidão.

Quero ficar do teu lado nas tempestades e furacões ,

Nos dias nublados para esperar o sol chegar.

A taça de vinho na mesa de centro o sofá...

O violão entoando notas junto a vozes desafinadas...

Do rock ao pop, e sertanejo que nos lembra paixões e desilusões...

Do beijo, das carícias temporais tentando tampar o buraco de uma solidão sem fim...

Do vinho em meia taça carícias e sorrisos ficaram na lembraça...

Das brigas sobre divergências de pensamentos...

Que convergiam a uma única resposta...

Do bobo apaixonado...

Da louca desvairada...

Dos carinhos, das risadas, entendimentos e desentendimentos,...

Você?

Eu?

Nós...

Da vontade em primeira pessoa do presente...

Da indecisão da segunda pessoa de um pretérito imperfeito...

O primeiro gole...

O ultimo beijo que ficou marcado na lembraça...

Você e eu da janela do sala numa madruganda sem fim...

De tudo que se passou...

Lembranças em cada gole do vinho numa taça pequena...

Da guimba de cigarro apagada no cinzeiro...

Do banho gelado no banheiro...

Das lembranças boas que ficaram....

Da saudade que atormenta...

De tudo que se foi e não voltará...

Apenas lembranças...

Vinho, musica e carícias...

Que ficaram no ar!

A nota Fá...

Coisas boas para se relembrar...

Pontos...

Reticências para aquilo que não tem fim...

Interrogações para as dúvidas e curiosidades.

Exclamações expressam nossas surpresas!

Dois pontos: pausa para respirar, depois continuar.

Ponto final para indicar que o fim acaba de chegar.

Que copiei... Sobre o que mais admiro nessa vida!

" O tempo é muito lento para quem espera, muito rapido para quem tem medo,muito longo para quem está triste,muito curto para quem está feliz,mas para aqueles que amam,tempo é a eternidade."
"Henry Van Dyke"

Vinho

Entorpeço...
Acidez...
Recordações de tempos difíceis...
Cor rubi...
Importância e riqueza dos sonhos...
Aroma...
Perfumes de amores e desamores...
A cada gole...
Lembranças do passado...
Pensamentos no presente...
Projeções para o futuro...
Companheiro a dois...
Sozinho...
Em dias frios...
Vinho.

Sobre Rodas

Certo dia uma menina estava ficando com um cara, numa festa em um lugar não muito distante da nossa capital.
Festa de jovens como estas que temos o costume de frequentar nos finais de semana.
Então foi aí que tudo começou.
Num dia comum me deparei com uma mulher aparentando uns vinte oito anos adentrando na portaria no local onde trabalho.
Ela, de cabelos pretos, olhos pretos aparentando ter um metro e sessenta e cinco mais ou menos, sempre bem vestida como aquelas moças executivas, com terninho de micro fibra, cabelos anelados ora lisos, até os ombros, dentes brancos e aparelho nos dentes inferiores.
Aparência séria, para quem os que não a conhecem e jeito de menina para aqueles que tiveram a oportunidade de conhece-la.
Pelo pouco que conversei, me contou que acorda as seis e meia da manhã, toma banho, se apronta e sai para trabalhar, depois do trabalho faz cursos preparatórios para concurso, curso superior de contabilidade, é bancária.
Mas como dizia, tudo começou após o tal churrasco no sítio cujo o veículo que a trazia de volta para casa envolveu-se em uma acidente.
Dos três ocupantes do carro, o motorista e uma amiga que apesar dos ferimentos saíram sem sequelas, e ela sem ferimentos aparentes, como escoriações, arranhões teve seus movimentos das pernas perdidos.
O mais interessante nisso tudo que apesar de não poder mais andar, tem grande força de vontade, e independente das limitações, leva uma vida normal e ainda faz piadas sobre a suas impossibilidades.
Certo dia, quando conversávamos, ela me contou que estava tentando matar uma formiga...
Pra gente coisa fácil né, só pisar e pronto!
E contava que estava a mais de vinte minutos tentando passar a roda da cadeira em cima dela como se fosse uma caça de gato e rato numa batalha que não parecia ter fim.
Até que seu sobrinho de sete anos acabou com a festa e pisou na formiguinha, coitada!!!
Agora imagina você se para matar uma simples formiga há uma grande dificuldade vamos imaginar as dificuldades que tem para tentar levar uma vida normal.
Acordar, tomar banho, dirigir, trabalhar e ainda conseguir estampar em seu rosto um sorriso e ter brilho nos olhos para enxergar que a vida é para ser vivida.
Por isso temos que ver que os pequenos e até os grandes problemas que a vida nos proporciona, poderá ser apenas uma gotinha de chuva na imensidão do oceano.

Plena janela...

Tudo parece estar igual...
Nestes dias frios que custam a passar parece que o tempo parou.
Nas ruas observamos pessoas mais elegantes principalmente as mulheres...
Elas vestidas com sobre tudo da cor da estação, jeans e calçadas com a bota da moda...
Nós com o mesmo jeans surrado, uma malha por baixo de uma blusa de lã ou moleton.
Os mais ousados e elegantes com cachecois, blazers, sapatos entre outros acessórios que lançam por aí.
A tarde que chega nos faz lembrar do aroma de um bom café forte e quente para dar uma animada no dia sem cor igual aquelas televisões da época da sua avó: preto e branco...
O céu cinza contrastando com passarinhos e pombos que voam para lá e para cá, sendo que os passarinhos não se passam de pardais...
E por que não vemos maritacas, tucanos, coleirinhas, curiós perambulando por essas bandas, em meio a poluição sonora juntamente com aquela que polui nossos pulmões sem que percebemos?...

Com certeza estes tem coisas melhores para fazer do que estar por aqui procurando migalhas de pipocas numa praça!
Os ônibus com seus motoristas apressados zanzam para la e para cá, levando e buscando gente preocupados em cumprir seu horário temendo alguma penalidade.
O frio esqueceu de dar trégua por esses dias, há tempos que não sentiamos tanto frio nessa época do ano...
Pelo contrario, São João no ano passado devia estar tomando uma caipirinha ou aquela gelada numa praia ao invéz do famoso quentão servido em suas festas...
O mundo está virando de cabeça para baixo ou sera que agora está ficando de cabeça para cima?
Um dia La niña outro El niño...
Foi difícil entender esses famosos pestinhas, quando foi tema em uma aula do ensino médio, e uma professora se desdobarava para explicar quem era quem.
Será que foi eu que não entendi?
Ou estava olhando pela janela, prestando atenção nesse dia que retrata?

Mirabolanciass...

Mirabolancias...
Mirabolancias são idéias... ideais...
São brincadeiras do passado...
Sonhos de um futuro...
É a cerveja gelada no copo sujo da esquina...
O papo em dia com amigos sobre acontecimentos do dia dia...
Caminhar com melhor amigo na corrente...
A nostalgia do entardecer de braços entrelaçados com quem o completa...
O brilho da lua cheia a pino , assistida por casais apaixonados no banco de uma praça...
O plano mirabolante da arte nos muros das ruas...
Alegria da criança, o sorriso puro de uma vida inocente...
Pode ser choro de alegria e emoções...
Inocência do toque e a pureza do olhar...
Mirabolancias de pensar...
Mirabolancias para conquistar...
Mirabolanciass para amar.

Despedida

Despedida...
Despedir sabendo que não irá ver aquela pessoa que tanto te completa...
Dar o último adeus...
Saber que nunca mais irá encontrar...
Daí vem a dor da distância a dor do coração que se partiu...
Fica apenas as lembranças do toque da palma da mão sobre a pele...
Do cafuné a luz de um filme numa tarde monótona de domingo...
A dor é forte...
A angústia no coração prevalece junto ao desespero...
De saber que tudo aquilo não passará de lembranças ...
Que com passar do tempo não se apagarão...