sábado, 10 de julho de 2010

Sobre Rodas

Certo dia uma menina estava ficando com um cara, numa festa em um lugar não muito distante da nossa capital.
Festa de jovens como estas que temos o costume de frequentar nos finais de semana.
Então foi aí que tudo começou.
Num dia comum me deparei com uma mulher aparentando uns vinte oito anos adentrando na portaria no local onde trabalho.
Ela, de cabelos pretos, olhos pretos aparentando ter um metro e sessenta e cinco mais ou menos, sempre bem vestida como aquelas moças executivas, com terninho de micro fibra, cabelos anelados ora lisos, até os ombros, dentes brancos e aparelho nos dentes inferiores.
Aparência séria, para quem os que não a conhecem e jeito de menina para aqueles que tiveram a oportunidade de conhece-la.
Pelo pouco que conversei, me contou que acorda as seis e meia da manhã, toma banho, se apronta e sai para trabalhar, depois do trabalho faz cursos preparatórios para concurso, curso superior de contabilidade, é bancária.
Mas como dizia, tudo começou após o tal churrasco no sítio cujo o veículo que a trazia de volta para casa envolveu-se em uma acidente.
Dos três ocupantes do carro, o motorista e uma amiga que apesar dos ferimentos saíram sem sequelas, e ela sem ferimentos aparentes, como escoriações, arranhões teve seus movimentos das pernas perdidos.
O mais interessante nisso tudo que apesar de não poder mais andar, tem grande força de vontade, e independente das limitações, leva uma vida normal e ainda faz piadas sobre a suas impossibilidades.
Certo dia, quando conversávamos, ela me contou que estava tentando matar uma formiga...
Pra gente coisa fácil , só pisar e pronto!
E contava que estava a mais de vinte minutos tentando passar a roda da cadeira em cima dela como se fosse uma caça de gato e rato numa batalha que não parecia ter fim.
Até que seu sobrinho de sete anos acabou com a festa e pisou na formiguinha, coitada!!!
Agora imagina você se para matar uma simples formiga uma grande dificuldade vamos imaginar as dificuldades que tem para tentar levar uma vida normal.
Acordar, tomar banho, dirigir, trabalhar e ainda conseguir estampar em seu rosto um sorriso e ter brilho nos olhos para enxergar que a vida é para ser vivida.
Por isso temos que ver que os pequenos e até os grandes problemas que a vida nos proporciona, poderá ser apenas uma gotinha de chuva na imensidão do oceano.

Um comentário:

  1. Pi-panda! Viver é uma arte e NÓS seres humanos devemos fazer a nossa parte! Cada um com a dor e a delícia de ser o que é... E histórias como essa são bacanas para lembrarmo-nos que somos capazes de superar todos os obstáculos gerados na estrada chamada destino!

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